SONETO DO PRIMEIRO AMOR
O amor primeiro que ainda quero...
perdido está em um tempo distante.
É doce lembrança que ainda venero,
no peito cravada, saudade cortante.
O amor primeiro é ilusão esmaecida,
da felicidade fluída que não existiu...
senão num sonho, imagem perdida,
da deusa que o sonho, um dia floriu.
O primeiro amor é distante e inserto,
n’alma hoje vagante e desencantada,
num coração vazio, já frio e deserto.
O primeiro amor é perdida esperança,
que um dia floriu a sonhada estrada...
num sonho escondido de uma criança.