BATE LEVE, LEVEMENTE

Bate leve, levemente, à minha janela,

Um Açor ferido de morte; dirijo-me a ela,

Para socorrer o pobre coitado,

Que em meus braços cai desmaiado.

Que se passou – pergunto eu – depois

De reanimado? Foi um caçador e seus dois

Cães, que me deixaram neste estado;

Oh, pobre Açor, bicho desgraçado!

Trato dele com todo o cuidado e galhardia,

Mantenho-o comigo por alguns meses,

Até que ele saia dessa eterna letargia.

Hoje é um belo animal, como ninguém,

Só peço aos caçadores que são corteses,

Que o deixem ir à sua vida também.

Jorge Humberto

15/04/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/04/2007
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