BELÔ CENTENÁRIA
Musa já quase imaginária,
horizontes de belos sonhos.
Majestosa musa já centenária,
dos albores hoje tristonhos.
O tempo caiu em seus ombros.
Cidade musa, perfil encantador;
seu passado ruiu em escombros,
mas lembra ainda fulgente amor.
Onde estão seus arvoredos...
E as sinfonias de pardais?
Serra do Curral virou enredos,
de frios blocos, ausentes carnavais.
Mesmo aflito, o coração ainda ama,
a centenária musa – a eterna chama.