MARIA FUMAÇA
Tu eras Maria, tão cheia de graça.
Na tenra infância, Maria Fumaça.
Partiste um dia virando passado,
tempo antigo... tempo expirado.
Tu eras encanto de fogo ardente,
a escura noite sulcando fulgente.
Nos alvos dias, com negra fumaça,
riscavas o céu, tão cheia de graça.
Um dia partistes, o tempo levando.
Deixaste atrás um sonho pendente,
menino medroso, contigo sonhando.
Maria Fumaça, de um tempo alegria,
tão cheia de graça, um sonho latente.
Maria se foi e dela ficou... a nostalgia.