PASSO PÁLIDO E TRISTE

Não há nada neste mundo que me queira,

Passo pálido e triste pelas pessoas, na rua,

Vou caminhando sozinho de tez sobranceira,

Minha alma é insignificante e subtilmente nua.

Quem dera, ser os jardins a florescer aqui,

Deixar o pobre coitado e mais as suas mágoas,

Talvez encontrasse o devido e esperado fim,

Junto ao mar e às suas desenhadas fráguas.

Ah, quem me dera, não ser tão triste assim,

Buscar o amor com o que houvesse,

E trazê-lo em ombro amigo para junto de mim.

Nasci para ser só, meu destino está traçado,

E mesmo que eu enfim o quisesse,

Não passaria de um eterno desgraçado.

Jorge Humberto

14/04/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 14/04/2007
Código do texto: T449493