F U G A
É que às vezes eu me sinto criança
Discutindo a coisa mais simplória
Sem apego ao metal e à cobrança
Sem tristeza, sem dor, sem falsa glória
E sorrindo assim vivo em festança
Esquecendo o terror da nossa história
E que o homem provoca a matança
Quando fala de paz sua oratória
E você que me chama insciente
Entendendo que a fuga é covardia
Não confunda o meu coração valente
Com a necessidade de alegria
Pois fugir é decerto tão premente
Para dinamizar a euforia