DITOSO AMOR

Hoje, não sei, sobre o que escrever,

Falar de amor é por demais rebuscado,

Que eu vejo por mal empregado,

Perder tempo com esse bem querer.

Já muitos falaram sobre o amor,

Que eu vejo-me na obrigação de variar

A contenda, tentando aqui lutar,

Contra as coisas do distinto clamor.

Orquídeas, sândalos e jasmim, têm

A mesma fragrância, quando a tarde cai,

Que eu sou de todos e sou de ninguém.

Sou um ser entre outros tantos seres aqui,

E tudo que cresce, prematuramente se esvai,

Quando tento, enfim, saber de mim.

Jorge Humberto

08/04/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 12/04/2007
Código do texto: T447116