MEU POBRE RIO TEJO

O rio, que da janela eu vejo, não tem igual,

É o rio do meu país, que corre feito animal,

Enfrentando monstros e outras assimetrias,

Transformando dias em noites e noites em dias.

Os pescadores às suas águas lançam malhas,

Procurando o peixe fugidio, hoje só migalhas

De tempos idos, em que a comida abundava,

Assim que os barcos o ditoso peixe enfrentava.

Daqui partiram as Naus para Terras fecundas,

Em busca de especiarias e cristianização,

Oh, rio, quanto das tuas águas são infecundas!

Por nos perdermos e à nossa mui nobre história,

Ó rio Tejo, vitória de outrora, por tua assunção,

Ficou-nos só a desdita de tua pouca glória.

Jorge Humberto

06/04/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 12/04/2007
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