- soneto para o dia que nasce -
nasce o dia
arma-se a feira
a vida estua
dever e brincadeira
no céu ainda tons ambíguos
a manhã a esperar pelo sol
como a alma espera os sonhos
como o peixe espera o anzol
e assim se tece o tempo
segundos como contas enfileirados
garimpeiro em seu garimpo
brilhantes que fogem da peneira
no labor de dedos descuidados
e dos olhos em cegueira. . .
(por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, no amanhecer de sábado na Lapa, 10/08/2013)