SUERREAL

Neste mundo surrealista, em que vivemos,

E onde a pena, tenta transcrever o que vê,

Somos um todo, e deveras nada sabemos,

Ante tudo o que se nos depara e antevê.

E o povo esconde-se nas esquinas,

Como estátuas irreais e misteriosas,

De um passado distante, entre quinas,

Nas paredes frias, outrora gloriosas.

E largamos ao vento o nosso fado,

Conquanto este esteja deveras maculado,

Pela nossa incongruência e insensatez.

Cabe aqui pois largar o algoz da palavra,

Semear a terra e sua producente lavra,

Contra a infiel e contraproducente placidez.

Jorge Humberto

05/04/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 08/04/2007
Código do texto: T442201