Fria realidade
Escrevo numa nova aurora.
Em desânimo e desencanto.
Por vezes minh'alma implora.
Um mero átomo de acalanto.
Dias e noites são tão iguais.
Já não enxergo um horizonte.
E entre caminhos tão formais.
Já não encontro uma ponte...
Onde eu possa nela atravessar.
E quem sabe assim encontrar.
Uma certeira e nova direção.
Pois minh'alma está inebriada.
Naufragada nesse infindo nada.
Perdeu de vez qualquer emoção.