TENHO NADA
Tenho nada e nada quero,
Sou de nenhum e de ninguém,
Aqui me encontro, e espero,
O sonho que me sobrevém.
Minha alma é lânguida e pura,
Meu ser poeta é condição,
Só não sei qual a textura
Que tem o meu coração.
Ah, dêem-me rosas, que colorir,
Este meu ser perdido e inerme,
Que, antes de estar, já quer partir,
Para outro lugar, que não aqui…
Onde o que sobrevive logo perde,
Para este meu ser assim.
Jorge Humberto
28/03/07