Amor que desconheço

O que és tu? Este amor eu desconheço.

Que me fez recanto aquele prado

Se o contemplo, atônito esmoreço,

Se esmoreço caio nos braços do pecado.

Um inverno que me invade me aqueço

Sem saber o veneno que tenho tomado

Entrego-me ao ardor, da razão esqueço

Pálido semblante trêmulo apavorado.

Sândalo que perfuma tão docemente

Que perpetua em mim a primavera

Transforma meu canto tão decadente

Em desencanto com que tudo era

Branda é a alma já não se faz presente

A um amor tão doce doado por hera