PARA UM VESTIDO VERMELHO

A beleza do teu vestido vermelho

Desfez o frio cinzento da tarde

Na certo, apenas, um espelho

Da fogueira que te consome. . .

No teu fulgor de rainha solar

Aqueces corações e almas

- toc-toc-toc – fazes, ao andar

Em cima de altas sandálias. . .

Nem sei se, de fato, existes

Só sei que, não existindo, te invento

Como se por perto estivesses

E me endereçasses ígneos olhares

- Lufadas de vento do deserto -

Capaz de evaporar rios e mares. . .

- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, na Lapa, iniciado em 14/04 e terminado em 19/04/2013 -