O vazio
A chuva cai lá fora incontidamente
Eu sentado no sofá observo as gotas,
Elas escorrem pela janela de vidro
Como as lágrimas do meu coração ferido.
Levanto por um instante,
Caminho até a janela,
Fecho os olhos e relembro,
O vidro embaça e penso nela.
Nada mais, para mim, importa,
Dói o peito, a saudade aperta,
pois meu amor saiu e bateu a porta.
Profundo sofrimento, consternação.
A vida é seca, sofrida e indigesta.
O vazio, agora, é o que me resta.