AMOR PROIBIDO

Agora que a tarde se foi e o dia deu lugar à noite,

É por ti que anseio e, enfim, sozinho, desfaleço…

Não há aqui um golpe de asa sequer nem açoite,

Porque, vendo bem, a mim próprio não me mereço.

Tenho saudades das minhas tardes térreas, serenas,

Em que contigo passeava, por entre árvores e flores…

Meus jardins de outrora, jasmins, cravos e açucenas,

São agora todas as minhas mais infecundas dores.

O amor, ah, sempre o amor, a guiar as minhas mãos,

Que eu já pedi mil vezes às régias desventuras,

Outros tantos favores para os meus pobres senãos.

Passo branco e lívido e não sei por onde caminho…

Perdi-me por entre mundos de mil aventuras…

Quem dera, não estar mais comigo, aqui, sozinho.

Jorge Humberto

19/03/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/03/2007
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