Alma Morta
O nevoeiro angustiado encobriu os meus livres pensamentos
Fui arremessado em um mundo repleto de incertezas
Sozinho por entre as ruas aclamadas por tristezas
Castigado sem misericórdia por terríveis tormentos.
O meu corpo foi levado pela fúria dos fortes ventos
A minha essência aprisionada por lúcifer nas profundezas
Porções de minha velha carne foram postas em várias mesas
Em um banquete infernal, por dezenas de anjos agourentos.
Enquanto bebiam o meu sangue, gargalhavam feito loucos
Para os templos debaixo da terra, iam contentes aos poucos
Se esconderem saciados num mundo onde a alegria se matou.
Nesse inferno subterrâneo, eu observava a chegada das aberrações
Em questão de segundos, o estrondoso fechar dos portões
Imerso a um caldeirão em alta fervura, a minha alma se dissipou.
http://alexmenegueli.blogspot.com.br/ 05/03/2013