Quando...
Quando a saudade chega não pede licença,
Quando a dor vai embora não pede perdão,
Quando soçobra o amor, o ódio marca presença,
Quando declina o sol, renasce a escuridão.
Quando se afasta o riso, emergi a indiferença,
Quando a ternura cresce inunda o coração,
Quando bate o martelo, dita-se a sentença,
Quando surge o perigo redobra a aflição.
Quando o relógio atrasa posterga a esperança,
Quando um novo dia nasce, nasce a confiança,
Quando a lua aparece trás a inspiração.
Quando você me fala ativa-me os humores,
Quando você se cala abrasa-me os temores,
Quando você demora, apressa a solidão.
Alagoinhas-BA., 19/09/2009