AMOR

Se não falo de amor, que amor é esse?

Toma a mim e aos outros num assombro.

Espadas quentes, sol a pino, esquece

Meu pensamento no dilúvio e conto

Que o amor, ondas fluidas, recomeço

É uma linha, desespero e ruído.

Velho livro já muito tempo lido

Toma a mim, sempre mudo e inteiro.

Amor, palavra chave a unir as bocas

Rio submerso subversivo tenta-as

Num encontro de sonhos e pesadelo.

Oceano olhos acesos casas ocas

Preenchidas por ondas suspensas

Significado dúbio: vontade ou devaneio?

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 25/01/2013
Código do texto: T4105097
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