É A ROSA

Nas rodas antigas o freio e a vida

É a rosa, desgosto, gosto do mundo

Frágil, sublime, aos poucos ferida

Viva num instante, morta num segundo.

A entreter o poeta num beijo longo

Ao desfalecer é pedra, mar e cio,

Conchas de luz no céu onde ponho

Um poema um tanto escorregadio.

E foge de mim assim como o mar,

E foge de mim sem sequer pensar,

E foge de mim sem mesmo olhar.

É a rosa, tanto doce quanto amarga,

É a rosa metade da madrugada,

É a rosa, poeira e mais nada.

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 24/01/2013
Código do texto: T4102619
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