Uma Mulher Israelita
Vi-a na Sinagoga, fim de tarde,
Tinha um sorriso sol crepuscular,
Em contraponto o azul de seu olhar,
E um caminhar sutil de majestade
Passou por mim sorrindo num ar de
Mulher envergonhada e a meditar,
Andava lento e nesse caminhar,
Atiçava-me o tino e a vontade...
Logo sumira e nada mais restou,
De onde ela estava e agora de onde estou,
Somente o choro de uma balalaica...
Não me faltou empenho em procurá-la,
Como quem sai a cata de uma opala,
Mas não achei a tal mulher hebráica.
Alagoinhas-BA., 26/01/2013