Solitude

 

Restou-me a solitude... o coração domado...
o pensamento é noite em paz enluarada.
Um tom de flor flameja e faz-me namorada
do céu, do amor, da luz... saudades do passado.



Restou-me a solitude... o coração domado...
o verso doido inflama a antemanhã calada.
Meus passos quase nus assentam pela estrada
sem mal, sem par, sem dor... sem vícios lado a lado.



Bem sei por onde sigo e junto à passarada
sibilo cada som ao dom que tanto almejo.
O pensamento é noite em paz enluarada...



Nas ribas do futuro encontro o bem-amado
e à dança desta insônia encanto meu desejo.
Restou-me a solitude... o coração domado...

 

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2012 – 2h13

Fundo musical: Ernesto Cortazar. Solitude

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 13/01/2013
Reeditado em 01/08/2015
Código do texto: T4082400
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