O AMOR
Ah, que coisa é esta, que tem tanto
De irracional como de saudável,
E nos faz cair em prolongado espanto
Com o que tem de inimaginável?
Ah, quem dera, descobrir os segredos
Que nele encerra e nos faz diminutos,
Ser o que arde sem quaisquer medos,
Na espera tardia dos largos minutos.
E assim, a demora, se faria presente,
Sem quaisquer limitações ou torpor,
Porque, o que queima, só é carente
Se não houver o que alimentar a chama,
Que se chama de eterno e louvado amor,
Que por nós, assim, queimando, clama.
Jorge Humberto
09/03/07