Espectro
 
Teu semblante tem um ar cinéreo,
na tua face habita uma tristura,
uma feral e sombria formosura,
como a dos anjos de um cemitério.
  
Tua sina angustiante é um mistério,
não te percebes finada criatura,
tens na alma tal mácula escura
que transmuta no teu corpo etéreo.
 
E essa dor que teu espectro revela
nas sonoutes nebulosas transfigura
e de tu’alma colhe lágrimas puras...
 
Bruxuleiam as chamas de mil velas
no negro esquife onde jaz tua figura
sobre a mortalha de mil urdiduras...
 
 
 
Aleki Zalex
Nov/2012
Imagem: Google
Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 02/11/2012
Reeditado em 02/11/2012
Código do texto: T3965253
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