AH, A CHUVA…

Ah, a chuva, essa eterna musa dos poetas,

Quando vem é melodia para os ouvidos,

É a seiva dos solos férteis e das colectas,

Dos silos cheios, perfumados e garantidos.

Trazem à tona os peixes nas enchentes,

Que os pescadores se apressam a recolher,

Enchendo barcos de redes permanentes,

Que eles souberam antes de tudo conter.

Como viçam as flores aos seus afagos,

Brotando aqui e acolá num festival de cores,

Mais se parecendo com os eternos favos,

Das searas reluzentes do milho e do trigo,

E a erva seduz com as suas multicores,

Que nos dão a beleza de um olhar perdido.

Jorge Humberto

25/02/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 25/02/2007
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