ADVERSIDADES
Figuras abstractas povoam os meus sonhos,
Lânguidas paisagens do fim do mundo,
E a morte silente reaviva os entressonhos,
No barro húmido do húmus do todo infecundo.
Temo pela minha saúde mental novamente,
O corpo reage às muitas adversidades,
Tentando contudo manter-me indiferente,
Dou por mim perdido a meio a calamidades.
Ah, quem dera, ser uma pessoa normal,
Levar a vida sem grande sofreguidão,
Neste reino da besta chamada animal.
E parto, sem demoras, para outro lugar,
Não quero mais viver esta minha solidão
E de todo o mal assaz que lhe é natural.
Jorge Humberto
24/02/07