AS GUERRAS

Ah, mas aqui, onde o meu aparo fala

E eu sou mais eu, escrever não cala,

E eu sigo delineando o que mi alma

Dita, em sobressalto ou com calma.

Quem espera por mim senão a desdita,

Se não me preparo para vida ora contrita?

Vejo mundos conturbados diante de mim,

Guerras e mais guerras, até que, por fim,

Não restará nada no cimo deste mundo,

Que não seja a natureza morta a um canto

E o homem perdido e infecundo.

Queria falar de amor nestes meus versos,

Mas o que eu vejo é apenas pranto,

Que são os nossos muitos reversos.

Jorge Humberto

21/02/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 22/02/2007
Código do texto: T389453