Altar Suspenso
Cordeiro Teu, Jesus, alimentado
Almejo co'avidez andar Teu passo
Completo dependente, em Teu regaço
Por Teu amor, me lanço esvaziado.
Cordeiro que imolado em sacrifício
Sangrou até morrer no altar suspenso
Na Tua morte a minha mesma venço
Na Tua sorte encontro santo ofício.
O fogo consumiu o holocausto
E agora torna cinzas minha vida
Que já não reproduz o rosto exausto.
Cordeiro das primícias, Tua lida
Inspira-me a entregar-me audaz e fausto
Suspenso numa cruz. Cabeça erguida.
//Dedico ao meu falecido e muito amado pai José Luiz Caldas Nunes