DO NADA AO NADA REGRESSAMOS

Não há nada para nós aqui neste mundo,

Somos seres transitórios e tangíveis,

Caminhamos para o nada infecundo,

Como pessoas que somos insensíveis.

A morte chega devagarinho sem anunciar,

Deixando para trás tudo o que somos,

E o que é mais fácil e dúctil de pronunciar,

Foi aquilo que em vida nunca fomos:

Seres felizes na sua condição humana,

Que trazem consigo a bem querença

E o que dela por nós, enfim, emana.

Passar deste para outro plano é irreal,

Há por aí na sociedade muita desavença,

Para que sequer pensemos em tal.

Jorge Humberto

16/02/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 17/02/2007
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