DO NADA AO NADA REGRESSAMOS
Não há nada para nós aqui neste mundo,
Somos seres transitórios e tangíveis,
Caminhamos para o nada infecundo,
Como pessoas que somos insensíveis.
A morte chega devagarinho sem anunciar,
Deixando para trás tudo o que somos,
E o que é mais fácil e dúctil de pronunciar,
Foi aquilo que em vida nunca fomos:
Seres felizes na sua condição humana,
Que trazem consigo a bem querença
E o que dela por nós, enfim, emana.
Passar deste para outro plano é irreal,
Há por aí na sociedade muita desavença,
Para que sequer pensemos em tal.
Jorge Humberto
16/02/07