SUPERANDO

Choro manso e tranquilo minha amiga!

São vis queixas que atrás dos olhos pousam!

Na alvorada sem afeto os pés repousam

mas um peito de meiguice já me abriga!

No encanto do teu rosto ofensa antiga...

Meus ouvidos, teus carinhos, jamais ouçam!

Os meus dedos que pra amar-te ainda balouçam

logo entendam que teu ego só fatiga!

Teu viver se aventurando na desgraça

vê o brilho que cadente em ti já passa

como flor que se transmuta num espinho!

Terna vida que sonhei-te em alto mastro

vi quebrar-se como um vaso de alabastro,

como odre que se estoura e perde o vinho...