A PAZ QUE ALMEJO
Nas horas em que estou tão mais silente
E que o vazio implícito é imenso
E me arrebata ao som deste silêncio
Atormentada é a solidão somente
E o tédio desta vida é tão friento
Que faz doer de um padecer cruento
Constantemente mesmo em movimento
E que parece aflorar de dentro
Triste Presença de uma ausência triste
A debelar qualquer glória pretensa
Que por afeto, ou por acaso almejo
Sempre que há tédio, o bom desejo existe
I"nda que expresse dela a diferença
Almejo a paz Que no horizonte vejo
(Idal Coutinho)