NOVO SER IDEALIZADO
Hoje partirei sem ter para onde ir,
Levo comigo gravura e espoleta,
Cinzel que lavra certo o meu porvir,
Livros para ler e uma caneta.
Construirei um novo ser a partir daí,
Novos olhos e boca mais verdadeira,
Nos braços porei o que não se vê aqui,
Numa liberdade eterna e derradeira.
Minha palavra ouvir-se-á no além,
Pelos que agora são surdos à dita,
E onde houver gente que será alguém,
Por me escutar sem preconceitos,
Jamais acordará a palavra maldita,
Por vingar com os seus preceitos.
Jorge Humberto
12/02/07