SEREIA
Sereia do convexo, luz difusa
que atravessa o mar, rompe a terra, segue
o caminho do tudo, plenitude
absoluta da vida sublimada,
Por que temer o tempo, se os relógios
não captam tua dupla natureza
- corpo que és, passarás um dia, frágil;
alma, não tens fronteiras nem amarras?
Por que a luta da fé contra a razão,
se tudo é parte desse mesmo quadro,
óleo sobre tela, traços do universo?
Por que o mergulho em fuga, se amanhece?
Por que a melancolia da canção
se a despedida é sempre um “Até breve!”?
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