SONETO A UM INTELECTUAL DE MAL HÁLITO
Metido em teus botões, eis que vais
Em passos lentos, como a meditar
Em Bilac, em Cronin ou Baltazar,
Dando-te à mente gozos sem iguais.
Falas sempre, e sempre existem mais
Idéias que te nascem de par-em-par,
Envoltas em um mistério de encantar
Ouvidos menos limpos e sensuais.
De meditar sereno e olhar sizudo,
Procuras no ar o porquê de tudo,
Enquanto falas, defendendo teses.
E se te calas a esse odor maldito,
É que vem-te afora um eterno mito,
Trazendo consigo traços de fezes!
Metido em teus botões, eis que vais
Em passos lentos, como a meditar
Em Bilac, em Cronin ou Baltazar,
Dando-te à mente gozos sem iguais.
Falas sempre, e sempre existem mais
Idéias que te nascem de par-em-par,
Envoltas em um mistério de encantar
Ouvidos menos limpos e sensuais.
De meditar sereno e olhar sizudo,
Procuras no ar o porquê de tudo,
Enquanto falas, defendendo teses.
E se te calas a esse odor maldito,
É que vem-te afora um eterno mito,
Trazendo consigo traços de fezes!