SONETO DA BUSCA DA FELICIDADE


Seguindo sempre a atraente senda,
Fui-te, felicidade, com a fama:
Sempre mais alto do odor da lama,
Cri teu corpo por detrás da venda.

Oh! dor de ver tão cheia esta tenda
De tudo o que é belo e se mais ama,
E só ouvir o som que se derrama
Por vasta fenda de invisível fenda!

Cerra os meus olhos do vazio aberto
Aonde vai a estrela pueril e errante;
Sana, ó destino, cavaleiro incerto,

Da vida, a realidade ora jorrante:
A dor de vê-la cada vez mais perto,
E tê-la cada vez mais distante!
Aécio Cavalcante
Enviado por Aécio Cavalcante em 08/02/2007
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