PRÓLOGO
Seu modernista, que com amor pregais
O verso livre - vosso maior centelho;
Que não pondes nunca verso em espelho,
A que as formas não vos saiam iguais,
Parai um pouco, antes que prossigais
E a leitura vos deixe então vermelho
De ódio... cuidai neste meu conselho,
Que vos importunar eu não ouso mais:
- Se é ser cafona o se ser artista,
Fechai o meu livro, seu modernista,
Que só cafonismos achareis aqui.
Mas perdoai ao triste o santo crime;
Culpai-o antes ao poeta, que a si
Próprio quer redimir, e não redime!
Seu modernista, que com amor pregais
O verso livre - vosso maior centelho;
Que não pondes nunca verso em espelho,
A que as formas não vos saiam iguais,
Parai um pouco, antes que prossigais
E a leitura vos deixe então vermelho
De ódio... cuidai neste meu conselho,
Que vos importunar eu não ouso mais:
- Se é ser cafona o se ser artista,
Fechai o meu livro, seu modernista,
Que só cafonismos achareis aqui.
Mas perdoai ao triste o santo crime;
Culpai-o antes ao poeta, que a si
Próprio quer redimir, e não redime!