O ULTIMO ATO

Foi deprimente e fatídico de fato

Protagoniza seu flagelo sanguinário

Ladeiras íngremes caminhos d'um calvário

Pela ufania e soberba de um Pilatos

E no dramático ocaso deste espetáculo

Já no epílogo sombrífero do dia

Aos pés do mártir, vê-se o pranto de Maria

Cena final do drama em seu ultimo ato

E a platéia desce atônita o calvário

Estupefatos,cabisbaixos e plangentes

Olham pro sangue vendo no chão embebido

Vê nas pisadas desta dolorosa via

E na lembrança i'nda as chibatadas surdas

Sofríveis servos tristonhos e estarrecidos.

(Idal Coutinho)

IDAL COUTINHO
Enviado por IDAL COUTINHO em 06/06/2012
Reeditado em 22/07/2012
Código do texto: T3709677
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