O ULTIMO ATO
Foi deprimente e fatídico de fato
Protagoniza seu flagelo sanguinário
Ladeiras íngremes caminhos d'um calvário
Pela ufania e soberba de um Pilatos
E no dramático ocaso deste espetáculo
Já no epílogo sombrífero do dia
Aos pés do mártir, vê-se o pranto de Maria
Cena final do drama em seu ultimo ato
E a platéia desce atônita o calvário
Estupefatos,cabisbaixos e plangentes
Olham pro sangue vendo no chão embebido
Vê nas pisadas desta dolorosa via
E na lembrança i'nda as chibatadas surdas
Sofríveis servos tristonhos e estarrecidos.
(Idal Coutinho)