AOS IMIGRANTES DE TODO O MUNDO

De comboio partem os imigrantes para a estranja,

Levam a esperança no coração e a saudade,

Os amigos limpam os olhos afastando a franja,

Para assim chorarem os que vão sem idade,

Procurar um trabalho noutro país qualquer vizinho.

Levam no farnel o que comer, na súbita ida,

Confraternizam uns com os outros devagarinho,

Ao andar da carruagem que lhes secou a vida.

Chegados ao seu destino deparam-se com condições

Impróprias para seres humanos, mas eles são fortes

E não desistem do sonho que levam nos corações:

Voltar à pátria amada com o dinheiro para fazer

A sua casa, aposentarem-se e viverem com as sortes,

De quem lutou pela vida quando esta parecia jazer.

Jorge Humberto

04/02/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 05/02/2007
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