Lágrimas Escusas.
Tê-la nos braços é o doce sonho,
Que me reanima no ato da porfia,
Secando as gotas que oculto verti-as,
Ao mesmo tempo guardo as que disponho.
Num fio d'esperança juntas ponho,
A imagem sua e minha imagem fria,
P'ra dissipar as bravas agonias,
Que me mutilam o ânimo tristonho.
Não chorarei na vida que me resta,
Sozinho o coração trarei em festa,
Para ocultar ao mundo a alma ferida.
Manterei meus olhos sempre enxutos,
Mas no fundo o peito e alma impolutos,
Verteram muitas lágrimas doridas.