Desavença II
Se procuro falar contigo, não me ligas,
Mas montas um rosário de incoerência,
Inventando conversas sem pé nem cabeça,
Dentro de perspectiva amorfa, indefinida.
Nesta parafernália de rugas e intrigas,
Como se conviver...? se nesta convivência
Qualquer sombra que surja ou sombra que apareça,
Tende sempre a ferir fundo nossas feridas!
Brigas tu por qualquer cousa, por tudo brigas,
Ao tempo em que remontas as minhas fadigas,
Incinerando a paz com achas de alto lume.
Fico aqui desejando: Meu Deus quem dera!
Encontrar uma jaula p'ra pender a fera
Luca, disforme e forte deste teu ciúme.