Desavença II

Se procuro falar contigo, não me ligas,

Mas montas um rosário de incoerência,

Inventando conversas sem pé nem cabeça,

Dentro de perspectiva amorfa, indefinida.

Nesta parafernália de rugas e intrigas,

Como se conviver...? se nesta convivência

Qualquer sombra que surja ou sombra que apareça,

Tende sempre a ferir fundo nossas feridas!

Brigas tu por qualquer cousa, por tudo brigas,

Ao tempo em que remontas as minhas fadigas,

Incinerando a paz com achas de alto lume.

Fico aqui desejando: Meu Deus quem dera!

Encontrar uma jaula p'ra pender a fera

Luca, disforme e forte deste teu ciúme.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 29/05/2012
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