Desavença I
Quando nós navegávamos por outros mares,
Em barcos diferentes e plácidos ventos,
Tudo corria bem em nossos pensamentos,
Na conquistas serenas de novos lugares.
Mas por amor deixamos os antigos lares,
E por amor fizemos nossos juramentos,
Porém agora, assoma-nos alguns tormentos,
Que você diz partirem de estranhos olhares.
Fiz de tudo e suponho que de tudo faço,
No desejo maior de preservar o espaço
Onde a desconfiança em tudo se resume.
Quem dera se eu pudesse, ser imensa nuvem!
P'ra que nossas paixões doces não se turvem.
E encobrir para sempre o sol de teu ciúme.