Fantasmas.
Tuas lembranças fazem em mim danos,
Ao tempo em que também prazeres fazem,
Num conflito em que vivos seres jazem
A fervilhar-me a mente durante anos.
O bem e o mal em lutas de tiranos,
Juntos e separados na viagem,
Transportando no meio da bagagem
Um sangrendo catálogo de enganos.
Anda e para minha alma saturada,
Tal andarilha só na madrugada,
Tangida por fantasmas soberanos.
Sigo assim a memória revirando,
Em cada canto um conto desvendando
Poucos prazeres e outros denganos.
Alagoinhas-BA., 30/08/2011