O PRANTO DAS NÚVENS
Dia de chuva, merencório e nebuloso
Meus pensamentos ofuscados tanto quanto
Lá fora as nuvens aspergindo o seu pranto
Rajas de raios num impeto pavoroso
A chuva lava a fuligem do telhado
Quem dera ela expurgasse o sofrimento
Limpar a alma elidir os maus momentos
Mandar pro ralo as lembranças do passado
Quem dera a brisa, que vem sempre após a chuva
Trouxesse sempre de alegria um alento
Desse conforto a um coração magoado
E a chuva que sacia a terra sedenta
Traz a bonança,e a esperança aumenta
Traz confiança ao coração quebrantado
(Idal Coutinho)