Relembranças.
Hoje pousou um corvo em meu telhado,
Remexendo-me a velha nostalgia,
Oriunda de alguém que eu juraria,
Tê-la trancafiado no passado.
Tem meu coração um quarto assobrado,
Onde mora um fantasma em agonia
E não se encontra só, tem companhia
De outro ao qual se mantem acorrentado.
Travam entre si lutas acirradas,
Como lobas insanas, embriagadas
De repulsas tantas e desejos.
É um tal de "me solta, não te quero",
"Quero soltar-te mas me desespero",
Ao encontrar tua boca em meus beijos.
Alagoinhas-BA., 10/01/2011