Lusco-fusco
Já são dezoito horas, bate o sino
Na Matriz, em seguida a Ave Maria!
Que em cada badalada desse dia,
Morra um mortal pecado em meu destino.
Tenho sido artesão em desatino,
Pecando contra tudo e pecaria
Seguidas vezes pela vilania,
Inquilina desse âmago felino.
Ave Maria, mater gratia plena!
Rogai p'ra aliviar a minha pena,
No tribunal maior de toda a história.
Sou um pecador confesso, que tanto erra,
Mas, vós que sois mãe de minha terra,
Rogai, Nossa Senhora da Vitória.