Despedida.
p/ minha mulher Vera Rute.
Quando as pálpebras minhas já consadas,
No suspiro final definitivo,
Contemplarem-te o rosto pensativo,
Lágrimas verterão amarguradas.
São tantas as relíguias sãs guardadas,
Neste coração morto e redivivo,
Que mesmo o pensamento fugitivo,
Guardará para sempre emoldurada.
Quantas e quantas vezes minha amada,
Insônia, noite a dentro despertada,
Acalentei-te o sono com amor...
Cuida de meu descanso neste instante,
Abraça forte teu poeta errante,
Fecha-me s olhos quando a luz se for.