O Parnaíba
Beirando a minha terra tem um rio,
De águas claras e praias prateadas
E foram tantas águas já remadas,
Em instantes de dores e de frio.
Rio, sangue de meu ser quente e sombrio,
Das saudades das vezes mergulhadas,
Nas lembranças das lendas encantadas,
Causadoras de sustos e arrepio.
Lídimo liame entre os trovadores,
Salmeando a saudade dos amores,
Na aridez da distância deste estio.
Lembro a cidade, flores em buquê,
Povo feliz, sorrindo a vida e que,
Beirando a minha terra tem um rio.