OEIRAS


Distante di ti, minha gentil Oeiras,
Foge-me da mão a luz e o soar da lira:
Que saudade! Que dor! Que ais! Que mira
De desbravar veloz tuas santas eiras!

Quem me dera fitar as tuas palmeiras,
Ver de perto, bem perto, a tua ira
Cair-se desfeita ante a mão que gira
À flor que volta para o bem das roseiras!

Quem me dera poder desvendar o espaço!
Mágico ou espectro, quem dera eu fosse
Ter-me preso a ti, por teu vasto laço!

À tardinha ouvir, do Mocha, o canto,
Depois um estribilho entoar bem doce,
Juntando ao teu o meu triste pranto!
Aécio Cavalcante
Enviado por Aécio Cavalcante em 01/02/2007
Reeditado em 02/02/2007
Código do texto: T366612