SONETO A UM PARAPLÉGICO
O que mais admiro, em ti, não são
Teus lindos olhos ou teu olhar. Também
Não é tua boca ou teu sorriso, nem
Os teus finos dedos ou tua mão.
Não admiro mais, em ti, a sedução
Que teu estranho físico contém:
Diviso algo mais, e muito além
Disso, embora digas que não...
Esse algo mais é o que me prende
A vista, como se se prende a Deus,
Porque a Deus não se compreende;
O que quis entender, mas que não pude;
O que mais possuis nos dotes teus:
- A tua felicidade e a tua virtude!
O que mais admiro, em ti, não são
Teus lindos olhos ou teu olhar. Também
Não é tua boca ou teu sorriso, nem
Os teus finos dedos ou tua mão.
Não admiro mais, em ti, a sedução
Que teu estranho físico contém:
Diviso algo mais, e muito além
Disso, embora digas que não...
Esse algo mais é o que me prende
A vista, como se se prende a Deus,
Porque a Deus não se compreende;
O que quis entender, mas que não pude;
O que mais possuis nos dotes teus:
- A tua felicidade e a tua virtude!