SONETO A UM PARAPLÉGICO


O que mais admiro, em ti, não são
Teus lindos olhos ou teu olhar. Também
Não é tua boca ou teu sorriso, nem
Os teus finos dedos ou tua mão.

Não admiro mais, em ti, a sedução
Que teu estranho físico contém:
Diviso algo mais, e muito além
Disso, embora digas que não...

Esse algo mais é o que me prende
A vista, como se se prende a Deus,
Porque a Deus não se compreende;

O que quis entender, mas que não pude;
O que mais possuis nos dotes teus:
- A tua felicidade e a tua virtude!
Aécio Cavalcante
Enviado por Aécio Cavalcante em 01/02/2007
Reeditado em 02/02/2007
Código do texto: T366594