SONETO DA BÊNÇÃO
Bendito seja quem ama sem resposta,
E não pergunta, só ama, bendito seja.
Bendito o Benedito que é sem dito,
E não dita, mil vezes seja bendito.
Bendito o riso que ri sem protesto
Ao só motivo pelo qual tanto sorri.
Bendito o passo que passa sem taco,
E em tudo toca com seu dó-ré-lá-si.
Bendito o branco sem o detergente,
Bendito o fogo à prova de bombeiro,
Bendito o sonho sonhado sem mito.
Bendito o Beltrano ausente do Tal,
E ao nada em corte, que se faz tudo,
Outras tantas vezes seja bendito.
Bendito seja quem ama sem resposta,
E não pergunta, só ama, bendito seja.
Bendito o Benedito que é sem dito,
E não dita, mil vezes seja bendito.
Bendito o riso que ri sem protesto
Ao só motivo pelo qual tanto sorri.
Bendito o passo que passa sem taco,
E em tudo toca com seu dó-ré-lá-si.
Bendito o branco sem o detergente,
Bendito o fogo à prova de bombeiro,
Bendito o sonho sonhado sem mito.
Bendito o Beltrano ausente do Tal,
E ao nada em corte, que se faz tudo,
Outras tantas vezes seja bendito.